É só o verão se aproximar que começa a corrida por imóveis no Litoral Norte da Bahia, afinal quem é que não quer começar o ano relaxando perto da praia? Mas quem ainda está com os planos de curtir a estação mais quente na região, seja comprando ou alugando um imóvel, vai ter que se apressar, porque se antes as buscas por locação começavam em agosto, esse ano os primeiros interessados surgiram já em abril e a demanda para compra chegou a subir 35% quando comparadas ao mesmo período de 2019.
O crescimento da demanda por imóveis no Litoral Norte durante o período de férias já é tradição, principalmente no verão. Quem afirma isso é Cláudio Cunha, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) Mas, para ele, mudanças no perfil do consumidor, ocasionadas pela pandemia, fizeram com que essa região se destacasse ainda mais quando o assunto é mercado imobiliário.
“Desde o início de 2020, passamos a ficar mais tempo em casa. O lar voltou a ser o centro das nossas vidas, com segurança. Buscamos mais contato com a natureza, mais espaço para toda a família e para os pets. Sem contar que, durante um período, ficamos impossibilitados de viajar. Tudo isso, aliado à infraestrutura de acesso viário, internet e comércio, contribuiu para o crescimento dos lançamentos e das vendas em várias cidades, como as do Litoral Norte, a exemplo de Lauro de Freitas, Camaçari, Esplanada e Mata de São João, que tiveram os negócios imobiliários triplicados”, aponta.
A Imobiliária Litoral Bahia tem visto isso de perto. O diretor da empresa, Ismael Rabelo, conta que em 2020 as buscas por locação de temporada na região do Litoral Norte aconteceram durante todo o ano. Em 2021, a demanda já não foi a mesma, mas o número de interessados por locação para o período do verão cresceu cerca de 40% quando comparados à média de demanda do mesmo período de anos pré-pandemia.
Segundo Ismael, as praias queridinhas nesse período são Guarajuba, Praia do Forte e Itacimirim, que tem surgido como uma alternativa com melhor custo benefício. Os perfis dos interessados variam de acordo com o destino. O diretor da Imobiliária Litoral Bahia conta que, enquanto Praia do Forte geralmente é procurado por famílias mais jovens, que gostam de sair à noite, Guarajuba atrai famílias mais tradicionais, que querem se divertir na praia.
Esses perfis já eram esperados. O que surpreendeu Ismael neste ano foi a antecedência das buscas por esses imóveis. De acordo com ele, os primeiros interessados surgiam geralmente no mês de agosto. Neste ano, no entanto, em abril, os primeiros clientes já começaram a procurar a imobiliária em busca de casas ou vilages para temporada no verão do Litoral Norte. O resultado não poderia ser diferente: todos os imóveis da imobiliária destinados à locação temporária já estão ocupados de janeiro até março
A corretora Silvia Porto também trabalha com imóveis para temporada no Litoral Norte e revela que por dia recebe entre 30 e 40 ligações de pessoas buscando casas ou vilages para veranear na região. Para o Reveillon, por exemplo, ela também não tinha mais imóveis disponíveis para locação. Quem queria encontrar um imóvel com facilidade deveria ter buscado até o final de outubro, alerta a corretora.
“Quem começar a buscar hoje vai ter muita dificuldade de encontrar. Eu, por exemplo, tenho um imóvel para locação que surgiu agora porque a proprietária decidiu há pouco tempo. Ela viu que financeiramente estava valendo a pena. Esse ano, inclusive, aumentou bastante o número de unidades disponíveis, porque os proprietários viram uma oportunidade de ganhar dinheiro com os valores, até porque não é barato manter uma casa na praia”, conta.
Alta das diárias
A diária dos imóveis chegou a aumentar mais de 30% em alguns casos, quando comparado aos valores do mesmo período do ano passado. Silvia conta que, por exemplo, uma casa que antes a locação custava R$ 1.200 por dia, hoje está saindo a R$ 1.600. Já os imóveis de frente para o mar, em média, tinham uma diária de R$ 2.500 e neste ano passou para R$ 3.000. A boa notícia é que para as datas após o Reveillon os preços costumam baixar e ainda é possível encontrar imóveis disponíveis.
“A partir do dia 5 de janeiro geralmente entra uma nova remessa, saem aquelas famílias que passaram o Reveillon e entram outras. Uma casa que no período do ano novo teve uma diária de R$ 3.000 passa para R$ 2.500 em janeiro. E até fevereiro, mesmo não havendo Carnaval, ainda temos procura”, explica.
Já quando o assunto é imóvel para compra ou locação anual, o mercado também está aquecido com a chegada do verão. Segundo o corretor Sérgio Freire, até o início de dezembro a demanda por esse tipo de imóvel foi cerca de 25% superior à do mesmo período do ano passado. Hoje, por exemplo, ele tem apenas um imóvel disponível para locação anual. Mas Sérgio garante que, para esse tipo de transação, oportunidades vão sempre surgindo, “porque os contratos vão vencendo”.
Há, contudo, uma queda já esperada na procura por imóveis para compra e locação anual do começo de dezembro até janeiro, o que já é, segundo o corretor, algo natural em todos os anos. Sérgio conta que, com essa queda e a valorização das diárias de locação por temporada, o que tem acontecido é que muitos proprietários que buscam vender ou alugar anualmente acabam segurando o imóvel e locando por temporada entre dezembro e janeiro, para aproveitar a oportunidade financeira.
Para morar, o perfil do consumidor é diferente. De acordo com Sérgio, eles geralmente buscam um local com estrutura comercial e proximidade do trabalho e da escola dos filhos. Por isso, os locais mais procurados ainda são, segundo o corretor, as regiões mais próximas de Salvador, como Lauro de Freitas, Abrantes e Jauá. “Existe também uma busca por Guarajuba, porque tem um centro comercial forte, mas nesse caso é geralmente aquele cliente que ainda está em home office”.
O crescimento da demanda por imóveis no Litoral Norte durante o período de férias já é tradição, principalmente no verão. Quem afirma isso é Cláudio Cunha, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) Mas, para ele, mudanças no perfil do consumidor, ocasionadas pela pandemia, fizeram com que essa região se destacasse ainda mais quando o assunto é mercado imobiliário.
“Desde o início de 2020, passamos a ficar mais tempo em casa. O lar voltou a ser o centro das nossas vidas, com segurança. Buscamos mais contato com a natureza, mais espaço para toda a família e para os pets. Sem contar que, durante um período, ficamos impossibilitados de viajar. Tudo isso, aliado à infraestrutura de acesso viário, internet e comércio, contribuiu para o crescimento dos lançamentos e das vendas em várias cidades, como as do Litoral Norte, a exemplo de Lauro de Freitas, Camaçari, Esplanada e Mata de São João, que tiveram os negócios imobiliários triplicados”, aponta.
A Imobiliária Litoral Bahia tem visto isso de perto. O diretor da empresa, Ismael Rabelo, conta que em 2020 as buscas por locação de temporada na região do Litoral Norte aconteceram durante todo o ano. Em 2021, a demanda já não foi a mesma, mas o número de interessados por locação para o período do verão cresceu cerca de 40% quando comparados à média de demanda do mesmo período de anos pré-pandemia.
Segundo Ismael, as praias queridinhas nesse período são Guarajuba, Praia do Forte e Itacimirim, que tem surgido como uma alternativa com melhor custo benefício. Os perfis dos interessados variam de acordo com o destino. O diretor da Imobiliária Litoral Bahia conta que, enquanto Praia do Forte geralmente é procurado por famílias mais jovens, que gostam de sair à noite, Guarajuba atrai famílias mais tradicionais, que querem se divertir na praia.
Esses perfis já eram esperados. O que surpreendeu Ismael neste ano foi a antecedência das buscas por esses imóveis. De acordo com ele, os primeiros interessados surgiam geralmente no mês de agosto. Neste ano, no entanto, em abril, os primeiros clientes já começaram a procurar a imobiliária em busca de casas ou vilages para temporada no verão do Litoral Norte. O resultado não poderia ser diferente: todos os imóveis da imobiliária destinados à locação temporária já estão ocupados de janeiro até março
A corretora Silvia Porto também trabalha com imóveis para temporada no Litoral Norte e revela que por dia recebe entre 30 e 40 ligações de pessoas buscando casas ou vilages para veranear na região. Para o Reveillon, por exemplo, ela também não tinha mais imóveis disponíveis para locação. Quem queria encontrar um imóvel com facilidade deveria ter buscado até o final de outubro, alerta a corretora.
“Quem começar a buscar hoje vai ter muita dificuldade de encontrar. Eu, por exemplo, tenho um imóvel para locação que surgiu agora porque a proprietária decidiu há pouco tempo. Ela viu que financeiramente estava valendo a pena. Esse ano, inclusive, aumentou bastante o número de unidades disponíveis, porque os proprietários viram uma oportunidade de ganhar dinheiro com os valores, até porque não é barato manter uma casa na praia”, conta.
Alta das diárias
A diária dos imóveis chegou a aumentar mais de 30% em alguns casos, quando comparado aos valores do mesmo período do ano passado. Silvia conta que, por exemplo, uma casa que antes a locação custava R$ 1.200 por dia, hoje está saindo a R$ 1.600. Já os imóveis de frente para o mar, em média, tinham uma diária de R$ 2.500 e neste ano passou para R$ 3.000. A boa notícia é que para as datas após o Reveillon os preços costumam baixar e ainda é possível encontrar imóveis disponíveis.
“A partir do dia 5 de janeiro geralmente entra uma nova remessa, saem aquelas famílias que passaram o Reveillon e entram outras. Uma casa que no período do ano novo teve uma diária de R$ 3.000 passa para R$ 2.500 em janeiro. E até fevereiro, mesmo não havendo Carnaval, ainda temos procura”, explica.
Já quando o assunto é imóvel para compra ou locação anual, o mercado também está aquecido com a chegada do verão. Segundo o corretor Sérgio Freire, até o início de dezembro a demanda por esse tipo de imóvel foi cerca de 25% superior à do mesmo período do ano passado. Hoje, por exemplo, ele tem apenas um imóvel disponível para locação anual. Mas Sérgio garante que, para esse tipo de transação, oportunidades vão sempre surgindo, “porque os contratos vão vencendo”.
Há, contudo, uma queda já esperada na procura por imóveis para compra e locação anual do começo de dezembro até janeiro, o que já é, segundo o corretor, algo natural em todos os anos. Sérgio conta que, com essa queda e a valorização das diárias de locação por temporada, o que tem acontecido é que muitos proprietários que buscam vender ou alugar anualmente acabam segurando o imóvel e locando por temporada entre dezembro e janeiro, para aproveitar a oportunidade financeira.
Para morar, o perfil do consumidor é diferente. De acordo com Sérgio, eles geralmente buscam um local com estrutura comercial e proximidade do trabalho e da escola dos filhos. Por isso, os locais mais procurados ainda são, segundo o corretor, as regiões mais próximas de Salvador, como Lauro de Freitas, Abrantes e Jauá. “Existe também uma busca por Guarajuba, porque tem um centro comercial forte, mas nesse caso é geralmente aquele cliente que ainda está em home office”.