Polêmica das últimas semanas, a vacinação contra a Covid-19 por crianças de 5 a 11 anos foi defendida pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), que criticiou a fala do ministro da Saúde Marcelo Queiroga e apontou que as mortes da população pediátrica por covid-19 não estão “em patamares aceitáveis”. A opinião foi dada por meio de manifesto divulgado na última sexta-feira, 24. No texto, a SBP pede pela “urgente implementação de estratégias” para reduzir risco de complicações, hospitalizações e mortes do público infantojuvenil pela doença.”Ao contrário do que afirmou recentemente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o número de hospitalizações e de mortes motivadas pela covid-19 na população pediátrica, de forma geral, incluindo o grupo de crianças de 5-11 anos, não está em patamares aceitáveis”, diz o manifesto da SBP. “Infelizmente, as taxas de mortalidade e de letalidade em crianças no Brasil estão entre as mais altas do mundo.” Na última quinta-feira, 23, Queiroga disse que as mortes de crianças por Covid-19 no Brasil estão em nível que não demanda “decisões emergenciais”. A mesma declaração foi repetida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na sexta. O governo federal então lançou uma consulta pública, que apresenta instabilidade desde o lançamento e depois instruiu a vacinação apenas com prescrição médica. Os estados declararam que não irão exigir a prescrição. “O Brasil se encontra diante de hospitalizações, sequelas e mortes que são passíveis de prevenção em sua grande maioria”, destacou. “Ignorar este fato, minimizar sua importância e afirmar que elas são aceitáveis não são atitudes esperadas das autoridades. A sociedade espera e merece outro tipo de postura e de compromisso com a saúde das crianças e adolescentes do Brasil”, finalizou a SBP.