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Moro diz ter credibilidade para fortalecer instituições

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Pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, rechaçou qualquer projeção de melhora para o Brasil com os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos. Seu passado, segundo Moro, o credencia como melhor candidato. “Nossa proposta é ter um crescimento inclusivo e fortalecer as nossas instituições e eu tenho credibilidade para isso por conta do meu passado e pelo combate à corrupção”, disse, em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), nesta segunda-feira, 17.Para defender seu ponto de vista, o ex-ministro de Bolsonaro fez uma comparação entre países de posições consideravelmente diferentes nos rankings de índices sociais. “Por qual motivo a Inglaterra é um país que cresce e prospera e um país como a Somália não cresce? Por conta do Ministro da Economia da Inglaterra ser mais esperto? Ou é por conta de a Inglaterra contar com instituições sólidas enquanto as da Somália são muito frágeis?”, perguntou de maneira retórica. “Então quando alguém vai investir em um país, busca essa solidez que gera retorno e crescimento”.O Brasil, segundo Moro, se aproximará mais dos índices da Inglaterra do que da Somália se não escolher Bolsonaro ou Lula. “O primeiro ponto é romper essa polarização e começar a falar a verdade. Precisamos retomar o crescimento econômico e superar esse momento de recessão e estagnação, como foi no governo do PT e está sendo agora no governo do presidente Bolsonaro. Ou seja, temos que escapar desse ciclo e voltar a crescer de maneira contínua para termos progresso”.A promessa de elevar os índices sociais e econômicos do Brasil, para Moro, têm respaldo em sua história. “Tive processos contra a quadrilha de Fernandinho Beira-Mar, contra o Cartel de Juarez, contra criminosos de colarinho branco no caso Banestado e agora tive o meu trabalho na Operação Lava-Jato”, disse o juiz, que teve sua suspeição no julgamento de Lula na Lava Jato declarada pelo STF em junho do ano passado. “Tínhamos um cenário de impunidade quase completo no Brasil no que diz respeito a corrupção. As pessoas roubavam e foi instaurado um modelo de governança de corrupção e nada acontecia. Nós revertemos esse quadro”. Ao resgatar parte do passado recente do Brasil, Sérgio Moro enxerga como referência positiva a adoção do plano real. “Tínhamos um cenário de hiperinflação e tivemos uma aliança política envolvendo o PMDB, o PSL e o PSDB”. Para o resgate almejado, no entanto, o ex-ministro alega que será preciso estar atento aos vínculos a serem firmados em nome de sua candidatura. “Acredito que podemos fazer um projeto e fazer alianças em cima desse projeto. Agora, não vamos reeditar práticas criminosas a pretexto de melhorar o país. Tem limites e não passaremos por cima dos nossos valores”. Na mesma entrevista, o pré-candidato do Podemos alegou que deixou o cargo de ministro “para não ser cúmplice de coisa errada”.