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“Quero fazer 20 gols nessa temporada”, diz atacante David

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O Vitória terminou 2021 rebaixado para a Série C do Brasileiro, mas nem tudo foi tragédia na vida de David. Em 2021 o atacante debutou como profissional e terminou a temporada como artilheiro do Rubro-Negro, com 11 gols. 
Se os números de David não foram suficientes para salvar o Leão da queda, o atacante de 21 anos fez o bastante para terminar o ano valorizado, e com oferta do exterior. Pelo menos é isso que ele afirma em entrevista exclusiva para o A TARDE. “Até então está em conversa, não tem nada definido. A proposta é de um time lá de fora”, garante David. 
Caso o atacante siga na Toca do Leão, ele tem uma meta ambiciosa para 2022. “Se ano passado foram 11 gols, esse ano eu creio que posso fazer mais. Botei na cabeça que quero fazer 20. É a minha meta”, projeta o atacante, que também contou preferir jogar como centroavante. 
Como você avalia sua primeira temporada no profissional?
Eu nem esperava. Subi para ser a quinta opção no time principal e logo de cara o professor Rodrigo [Chagas], que já tinha trabalhado comigo na base, apostou em mim. Felizmente, deu certo. Eu nem sei  explicar direito o que eu senti na temporada passada, porque eu realmente não acreditava que ia viver aquilo tudo. 
A responsabilidade agora vai ser maior?
Com certeza. A cobrança nunca vai deixar de existir no futebol. E agora a responsabilidade é ainda maior, não só pela experiência que eu tenho a mais, mas também porque agora temos que subir o Vitória. Botar na Série B. 
E você está pronto pra isso?
Sim, me vejo muito preparado. Como eu disse, ano passado passei por muita coisa. Comecei bem, mas quando dei uma caída a torcida começou a criticar. E graças a Deus eu não deixei me levar por isso. Minha cabeça foi forte. Consegui dar a volta por cima, comecei a mudar a história, e a torcida voltou a acreditar no David. 
Ano passado você marcou 11 gols, foi o artilheiro do Vitória na temporada. Dá para repetir a dose em 2022?
Se no ano passado foram 11 gols, esse ano eu creio que posso fazer mais. Botei na cabeça que quero fazer 20 gols nessa temporada. É a minha meta. 
Para fazer tanto gol, é bom estar perto do gol. Como você prefere jogar?
Como eu acabei o ano, de centroavante. As coisas deram certo para mim ali. Se deram certo, melhor continuar. Gostei de fazer o falso centroavante. Eu já tinha jogado desse jeito, mas não no profissional. Tinha jogado assim na base, com Rodrigo Chagas, desde o sub-17. Aí, no ano passado o professor Wagner [Lopes] me perguntou se eu tinha dificuldade para fazer a função, e eu falei que não, que já conhecia a posição. E acabou dando certo.
Já falou com o técnico Dado Cavacalti sobre isso?
Até agora não. Nem precisamos. Eu tenho treinado como falso centroavante porque, no momento, só tem três jogadores dessa posição no elenco. Eu, Dinei e Guilherme Queiroz. 
Recebeu alguma proposta?
Tem proposta, sim. Até então está em conversa, não tem nada definido. Mas eu continuo trabalhando. No momento, eu sou jogador do Vitória, meu foco está aqui. A proposta é de um time de lá de fora, mas não posso revelar o nome do time. Prefiro esperar um pouco. Creio que esse mês tudo vai ser definido.
Quais as primeiras impressões sobre Dado Cavalcanti?
Tenho gostado muito do jeito que ele trabalha. Combina com meu jeito de jogar, que é intenso. Dado cobra muita intensidade, posse de bola, isso é muito bom. Ele é muito bom em cobrar, fazer os jogadores não ficarem acomodados. 
A mudança na direção trouxe um novo clima para a Toca?
Com certeza. Não tenho dúvida disso. O clima é outro. Nem parece que o Vitória está na Terceira Divisão. Estão todos bem tranquilos, funcionários, elenco, espero que continue assim. O ambiente está leve, muito bom de trabalhar.
E como era antes? 
Eu considero que o bastidor conturbado pesou para o rebaixamento. Porque quando as coisas não fluem fora do campo, elas também não acontecem lá dentro. Não adianta. Então, isso atrapalhou. Mas agora está mais tranquilo. 
Como os jogadores encaram o Campeonato Baiano?
Já são três anos que a gente nem se classifica. A gente quer ser campeão, e estamos trabalhando para isso. O time quer muito. É uma vergonha, né? O Vitória, com tanta tradição, ficar três anos sem se classificar. Não pode. Por isso estamos focados para buscar esse título, que também vai trazer muita confiança pra gente.