O Ministério da Saúde contratou uma empresa que não teve experiências de transporte de vacinas no serviço público para executar a armazenagem e a logística de imunizantes contra Covid-19 para criança. Com isso, diversos problemas foram registrados durante as entregas do primeiro lote dos imunizantes para os estados. As informações são da Folha de S.Paulo. A empresa responsável pela logística é a IBL (Intermodal Brasil Logística), que fechou um contrato no valor de R$ 62,2 milhões, assinados em dezembro com dispensa de licitação. A IBL fez a entrega das vacinas das crianças de 5 a 11 anos aos estados na última semana, quando foram registrados atrasos e problemas de armazenamento. De acordo com a Folha, estados como Santa Catarina, Pernambuco, Paraná e Paraíba apontaram que imunizantes chegaram em condições inadequadas de armazenamento e transporte. Apesar dos problemas, não há registros de vacinas perdidas, por enquanto, mas gestores estaduais estão preocupados porque novas remessas das doses estão previstas para esta semana.Os contratos assinados com a IBL têm duração de 12 meses, com permissão de prorrogação para até cinco anos. A empresa foi escolhida pelo Ministério da Saúde para distribuir imunizantes pediátricos aos estados.À Folha, a empresa apresentou uma única experiência em transporte de vacinas, para um laboratório privado entre 2015 e 2018. Em relação as vacinas do SUS, a IBL afirmou ter entregue 100% da carga da primeira demanda do contrato com o governo dentro do prazo e na temperatura exigida.Por meio de nota, o ministério afirmou que não houve prejuízo a nenhuma vacina pediátrica entregue aos estados e ao Distrito Federal. No entanto, apontou que irá apurar eventuais falhas.O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu um processo para apurar supostas irregularidades na contratação da IBL sem licitação para o transporte de vacinas.