Após frases polêmicas de membros do governo e uma consulta pública com falhas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse que as vacinas contra Covid para crianças devem ser distribuídas para os estados na segunda quinzena de janeiro.”Na segunda quinzena elas começam a chegar e serão distribuídas como nós temos distribuído”, disse em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 3, o ministro, que anteriormente chegou a afirmar que o patamar de mortes de crianças por Covid-19 no Brasil não exigiria urgência. Desde meados de dezembro, a vacina da Pfizer foi aprovada para a aplicação em crianças de 5 a 11 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde então, a medida se tornou alvo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores. Membros do Ministério da Saúde afirmaram que as vacinas começam a chegar a partir do dia 10 de janeiro, mas precisam passar pelo processo de segurança antes de serem distribuídas. Ainda não há um cronograma definido.Mesmo afirmando que é favorável à vacinação infantil, o Ministério da Saúde quer a apesentação de prescrição médica para a vacinação infantil. A maioria dos estados brasileiros já se manifestaram de maneira contrária a solicitação e rechaçaram a possibilidade de exigir prescrição. De acordo com o Queiroga, a decisão final será dos pais, prática que já ocorre hoje. “Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina”, afirmou em coletiva de imprensa.”Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, afirmou a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo em nota técnica enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).